Carioquices, Comer & Beber, Novas Bossas
Apresentações surpreendentes roubam a cena nos balcões
Por Antonia Leite Barbosa | Publicado em 15 de julho de 2016

Há quem vá para comer, para curtir a vista do Jardim Botânico. Há quem vá para paquerar, ouvir um jazz às quintas-feiras ou para o churrasco do sábado. Independente do motivo, todas as tribos de frequentadores do Bar Sobe se encontram em uma ala do cardápio: a dos drinques preparadas pelo bartender William Barão. A carta, que hoje se organiza por bases alcóolicas - vodka, cachaça, whisky, Rum, tequila e gim -, combina releituras de clássicos à receitas autorais preparados com licores artesanais, infusões especiais e ingredientes excêntricos como pétalas de rosa e a dupla queijo & goiabada.
No copo, na taça ou nas jarras de 1 litro, que vão bem além das sangrias e clericots, rendendo saideiras mais demoradas para quem vai até lá beliscar. Eu mesma coleciono sabores preferidos neste capítulo. O azedinho Santini, à base de açaí para os dias de hambúrguer, o Lemon Pie, que equilivale a uma sobremesa, e, para os dias quentes, o coquetel recém-promovido à jarra, JB: tequila, soda e lâminas de pepino (R$ 64,90 cada). Simples e certeiro, como eu gosto de pensar, apesar de nunca ter conseguido reproduzir fielmente em casa.
Basta ir até o bar atrás de uma sugestão para ter acesso a um dos "testes" da vez do Barão. Tanto que não foi surpresa saber que o mais recente upgrade da carta de drinques da casa rendeu não um ou dois novos sabores, mas 20 receitas inéditas. A novidade da vez é que, depois de um período garimpando, sua alquimia criativa ganhou uma apresentação igualmente irreverente.
A lâmpada da foto, por exemplo, serve de taça para o Âmbar, preparado com cachaça Leblon Merlet, Campari e licor de cereja com um defumado curioso que vem da fumaça líquida (R$ 33,90). Já o bonitão da foto abaixo é uma dupla surpresa. Não bastasse o recipiente inusitado - aliás, todo cuidado é pouco -, a rúcula a protagonista. A folhinha empresta a sua refrescância - sem o amargor - para o Gaya, à base de tequila, Saint Germain, martini dry, rúcula, cítricos e açúcar de tomilho (R$ 26,90).
Mais preciosidades te chamarão a atenção pelas mesas vizinhas. O Eiffel, por exemplo, chega à mesa em uma louça que lembra o formato da torre parisiense e mais parece ter saído de um antiquário. Ah, claro. A receita não fica atrás. Acidez e doçura se equilibram na combinação de vodka infusionada com pêra, suco de melão cantaloupe, água de rosas, cítricos e talo de gengibre (R$ 26,90). E não se surpreenda se vir abacaxis de porcelana circulando pelo terraço. Ou pequenos balls dourados.
As novidades do Barão nos lembraram de outros drinques de apresentação igualmente exuberantes. Aí vai uma listinha que vai te fisgar antes mesmo do primeiro gole. (por MARIANA BROITMAN)
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PARA OS FORTES
