Arte & Cultura, Destaque
Projeto ‘Samba Class Rio’ une aulas de dança a rolés cariocas
Por Alessandra Carneiro | Publicado em 22 de setembro de 2023
Você chega em Buenos Aires e encontra um leque repleto de opções para aprender os primeiros passos de um tango. Na Colômbia ou em Cuba, é fácil achar uma aula de salsa. E vendo que faltava esse tipo de programa para os turistas no Rio, o professor de dança Bruno Cantisano criou o projeto Samba Class Rio para ensinar o ritmo. Isso lá em 2011. O projeto cresceu e hoje as aulas são seguidas de uma noitada para mostrar como o carioca raiz se diverte. Ah! E o mais bacana? É gratuito.
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“Acho que a dança serve como uma ponte cultural. Eles se sentem inseridos dentro de algo que não é feito para turistas, mas que faz parte da realidade dos cariocas que é ir ao samba curtir com amigos, conhecer as letras”, diz ele.
Desde o fim da pandemia, as aulas acontecem toda terça-feira às 20h no Bar do Deck, do Pura Vida Hostel, e duram uma hora. É o suficiente pra aprender os primeiros passos e quebrar o gelo. O casarão do século XX, que fica aos pés do Cantagalo-Pavão-Pavãozinho, ficou conhecido por reunir estrangeiros e cariocas todas as noites.
Entre uma cerveja ou um drink servido no bar do hostel durante as aulas, os estrangeiros vão perdendo a vergonha de soltar o corpo para “deixar o samba entrar” e parar de ver o ritmo como algo difícil. Há dias em que ele dá lugar para as danças de salão tradicionais do Nordeste. Logo após o minicurso, o grupo segue para uma roda de samba ou um baile de forró.
O foco do projeto não são apenas as aulas, mas a troca de idiomas e os rolés culturais. As aulas servem como preparação para que os alunos não se sintam deslocados em rodas de samba, nas quais as pessoas dançam e curtem e os estrangeiros geralmente só assistem.
“Para mim o maior retorno que o projeto dá para a comunidade é incentivar os viajantes a incluírem nossa música em seus ‘checklists’ das coisas que querem conhecer no Brasil, sabe? Praia, caipirinha, futebol…samba. Acho que essa é a importância”, completa Bruno.