Programe-se

Hora da confraternização: 9 endereços para conhecer neste fim de ano

Por Antonia Leite Barbosa | Publicado em 15 de dezembro de 2017

O fim do ano traz junto a vontade de encontrar os amigos, reunir a família, se despedir daquele colega que está mudando de área... enfim, é hora de fechar com chave de ouro o ciclo que se encerra. E que tal aproveitar o encontrão para riscar da lista aquela série de lugares que há tempos está doido para conhecer? Unimos o útil ao agradável para você. Pode preparar a lista de transmissão no WhatsApp, aí vai uma seleção de lugares que vão te fazer querer arrumar motivo para reunir os amigos neste fim de ano.

CASA CAMOLESE

Hotspot do momento, o novo empreendimento de Cello Camolese Macedo - ex sócio do Zazá Bistrô, do club 00, Devassa e Vezpa Pizzas - com o artista Vik Muniz abriu as portas na antiga vila de casas no Jockey Clube que ficou por décadas em ruínas. Mix de bar, restaurante, delicatessen e cervejaria - sim! observe o mezanino quando visitar a casa -, o lugar ganhará ainda um jardim com mesas compartilhadas e um clube de jazz. Vizinho do restaurante Rubaiyat e da galeria Carpintaria, o espaço tornou uma visitinha ao Jockey ainda mais interessante. O cardápio traz a assinatura do chef paulista Paulo Grobe, que apostou na culinária de inspiração mediterrânea, onde prioriza essencialmente produtos frescos de pequenos produtores do Estado. Por enquanto, o restaurante abrirá somente para o jantar nos dias de semana e também no horário de almoço nos fins de semana. Mas a partir de janeiro, com o verão bombando, a Casa promete servir almoço e jantar todos os dias e aos sábados e domingos haverá ainda o Brunch Camolese, a partir das 10h. Rua Jardim Botânico, 983 - Jardim Botânico.

CHARBON ROUGE

Como o charbon (francês para carvão), do nome sugere, as carnes são a estrela da casa recém-inaugurada na Lagoa, mas basta espiar as mesas ao redor para ver que come-se de um tudo por ali. O cardápio extenso se abre com opções de entradinhas deliciosas como a costela bovina desfiada com agrião e chimichurri, servida com chips de aipim, manteiga de garrafa e queijo parmesão, boa para quem quer beliscar com um drinque na varanda. Em seguida vem a seleção de cortes do chef Pedro Pecego, finalizados no charbroiler. Picanha, Baby Beef, Short Ribs e Ancho Wagyu - que combina o sabor do Ancho com a maciez do Wagyu - são servidos com opções bem preparadas como pupunha gratinado com queijo emmenthal e o arroz cremoso, preparado com zatar, castanhas e especiarias. Insistindo, as páginas seguintes trazem sugestões interessantes, como o camarão com manteiga de pipoca e talharim negro de pupunha e um hambúrguer de porco com pato. A carta de vinhos é democrática, mas as criações do bar são imperdíveis. Mesmo "sem beber", fui surpreendida com uma combinação de maçã, laranja e gengibre finalizada com pó de cacau que me deu até onda. Com álcool, a boa pedida é o Blueberry Nights, gin tônica feita com blueberry, gengibre e canela. Av. Borges de Medeiros, 829 - Lagoa

SALOMÉ

Sob comando dos mesmos donos do bar Canastra, em Ipanema, o Salomé Bistro repetiu a fórmula de sucesso no Leme, levando a seleção de vinhos brasileiros e receitas de sotaque francês para a beira da praia. O ambiente é dos mais charmosos, decorados com peças vintage, o restaurante é diferente de todos os outros da orla. Assim como no Canastra, lá também existe a "terça-feira da ostra", e prevalecem os rótulos com bom custo-benefício: a taça sai a R$ 15! Para acompanhar, a noite há opções para beliscar como a punheta de bacalhau e o delicioso polvo preparado na brasa, servido com batatas ao murro e alho confit. A boa é que também dá para almoçar por lá, e cortes nobres integram as opções de grelhados, servidos com dois acompanhamentos e um molho. Entre as sugestões, estão polenta, batata frita e aligot, o tradicional purê de batata francês puxado no queijo. Av. Atlântica, 994, Leme. 

1928

Novidade das melhores em Botafogo, o bar 1928 faz uma ponte interessante entre a botecagem e a cozinha contemporânea. Luz baixa, área externa para fumantes, bancos no balcão ou mesinhas agrupadas pelo salão. Difícil você não se sentir confortável ali. Lá, Bruno Magalhães, do bar Botero, em Laranjeiras; e PC Ferreira, do La Esquina, na Lapa, uniram forças para reunir o time dos sonhos dos dois. À frente da cozinha, está o chef Cézar Cavaliere e, assinando a carta de drinques, dois grandes nomes da coquetelaria nacional, Alex Mesquita e Michell Agues. O resultado foi um cardápio moderno, mas super brasileiro, onde os best sellers dos botequins ganharam versões especiais. A porção do clássico coração de galinha, por exemplo, vem com farofa de pão de alho e molho de limão e ervas (R$ 27), enquanto a deliciosa milanesa de porco, boa pedida para dividir, traz salada de batata e maionese de páprica (R$ 38). Atenção à parada obrigatória na hora da sobremesa: bolo cremoso de milho com brigadeiro e creme inglês de café (R$ 21). Rua Álvaro Ramos, 170 -Botafogo.

CANTINA DA PRAÇA

Do mesmo dono da charmosa Mercearia da Praça, a Cantina chega ao entorno da mesma Praça General Osório com criações de inspirações italiana. As receitas típicas vão da cafeteria, padaria e confeitarias ao restaurantes, onde o preço chama a atenção: as massas, carnes e risotos variam entre R$ 29 e R$ 48 em porções muitíssimo bem servidas. Todos os pratos são feitos integralmente na casa sob a batuta do chef Rogerio Germano, que prepara pessoalmente as massas frescas que integram os hits da casa, o Rávioli di Capri e o Spaghetti ala Carbonara. Pedidas simples como o milanesa servido com papardelle de limão siciliano também são bem vindas, mas quem fez minha cabeça mesmo foi a polenta de entrada, que chega à mesa com linguiça de pernil, espinafre e é finalizada com grana padano (R$ 24). Já voltei só para belisca-la. A varanda de frente para a rua Visconde de Pirajá já quebra o clima dos restaurantes italianos intimistas a que estamos acostumados no Rio: dá para conversar muito e ficar bem à vontade. R. Jangadeiros, 28 - Ipanema.

BOTERO

Inaugurado em 2012, o bar Botero logo entrou no radar dos boêmios cariocas como o responsável pela revitalização do tradicionalíssimo Mercadinho São José, em Laranjeiras. Rodinha de samba animada, chope gelado, petiscos clássicos e fartos.. não tinha erro. O tempo passou, o Botero cresceu e há dois meses migrou para um belo casarão no mesmo bairro, agora na Travessa Euricles de Matos. Antes mesmo do cardápio, dica segura é ir de chopp Colorado, cremoso com espuma produzida na casa, ou nas batidas de Toninho, do Bar do Momo, que leva a bebida de sucesso da Tijuca para a Zona Sul nos sabores maracujá, coco e gengibre (R$ 7 a dose e R$ 20 a garrafa). No cardápio, foram mantidos os pães artesanais, geleias, caldos, molhos e conservas feitas na casa que ganharam fama entre os botequeiros cariocas. Ícones do cardápio, como a porção de bruschettas carbonara, e as almondegas do chef, ganharam a companhia da moelinha da casa, cozida em especiarias, com cogumelos paris frescos e farelo de torresmo e do inusitado croquete de joelho de porco com geleia de abacaxi (R$22). E como já virou obrigatório nos botecos da cidade, também aderiu a coxinha! No caso, a versão Botero é de aipim recheada com pato, que chega crocante com caramelo picante de laranja. Travessa Euricles de Matos 46, Laranjeiras.

XIAN

Inaugurado em setembro, o mais novo restaurante de Marcelo Torres - responsável pelo Giuseppe Grell e Laguiole -, fisgou o público pela vista. No terraço do Bossa Nova Mall, a cozinha de inspiração asiática, porém, é o grande motivo para a visita. A frente do cardápio, estão os experientes Flávio Myamura - ex-D.O.M., de Alex Atala -, e o japonês Daisuke Takao - que também em São Paulo, trabalhou ao lado de referências da culinária japonesa no país como Shin Koike, Ikeda e Masanobu Haraguchi. Lá, são várias as pedidas deliciosas para compartilhar. As ostras, frescas e crocantes, viralizaram nas hashtags do lugar. As primeiras, servidas com molho ponzu e ovas de massago em 6 unidades, as segundas, empanadas com panko e maioneses de wasabi e molho tonkatsu, com 4 unidades (R$ 42 e R$ 36). Com diferentes ambientes, você mesmo escolhe qual é o mood do dia: se reunir no balcão para um drinque-com-vista, sentar-se no belíssimo salão aberto ou optar pelo lounge ou living, dois espaços que podem inclusive, ser completamente reservados. O visual, diga-se de passagem, é ponto alto de qualquer que seja a escolha. Na hora principal, o conhecido Pad Thai já virou hit por lá, mas ainda pedidas como o 'Crispyssoba', massa crocante servida com camarão, lula, polvo e legumes (R$ 68), e o 'Super secret pork ribs', costela de porco marinada no missô branco, sakê, especiarias com farofa da casa (R$ 68). Av. Almirante Silvio de Noronha, 365, cobertura – Centro.

MALTA

Inaugurada também em setembro sob a chancela da turma do Sabor DOC, bar e loja de carnes no Leblon, o Malta Beef Club não podia ficar fora desta lista. Ali na Rua Saturnino de Brito, pertinho da Mamma Jamma, o chef Marcelo Malta serve cerca de 10 cortes especiais com sua gramatura sinalizada, facilitando a "gestão" da mesa. O serviço é ágil, e antes mesmo que você eleja o corte, também assados em charbroiler - o assado de tira e a fraldinha foram as pedidas da minha mesa, ambos excelentes -, o garçom avisa que você pode escolher entre os acompanhamentos, quantos quiser, já que eles estão "descolados" da proteína. A farofa crocante de ovo, feita com farinha grossa, é deliciosa, assim como o creme de espinafre e a salada de batata. Concorrido, porém, o restaurante inicia o circuito muitas vezes ainda na calçada, onde desfilam jarrinhas de sangria, gin tônicas e porções de steak tartares, linguicinhas de leitão picantes e as imperdíveis milanesas. Dá para ir sem pressa, em casal, em família ou em bando. Mas tem que ir! Rua Saturnino de Brito 84, no Jardim Botânico. 

veja também

by mg studio