Bem-Estar, Sustentabilidade

Agenda 2030: a natureza do consumo consciente

Por Claudia Girotti | Publicado em 18 de agosto de 2020

Trabalho com marketing, e este "ing" designa dinâmica ao substantivo, ou seja. dá à palavra senso de ação, algo que se concretiza se não for estático. Por isso, gosto de observar e entender como e por que se constrói o padrão de consumo, sem o julgamento simples do certo e do errado. E, muitas vezes, sabe-se pela teoria do comportamento econômico, que o padrão, ou o que se chama de curva normal, é definido pela busca do sentimento de pertencimento a um determinado grupo, muito mais do que a real necessidade.

O mercado em movimento, tradução livre da palavra marketing, é consequência, e não causa, da soma das ações de indivíduos. Logo, a meu ver, a construção de uma sociedade que evolua pela coletividade e que busque justiça social definitivamente passa pela decisão de cada um, motivado pelas subjetividades de suas emoções, tendo sido ou não racionalizadas.

Enfim, observar a forma como consumimos é o primeiro passo para conhecermos como interagimos e movimentamos o mercado pelo que decidimos comprar e consumir.

E só conseguimos agir no que conhecemos, não no que ignoramos. A ida às compras pode ser uma excelente terapia de autoconhecimento e até mindfulness, presença ativa, no sentido de aprimorar seu estado de consciência sobre suas decisões. Somos o que comemos e vestimos, literalmente a saúde física e mental manda a conta, mais cedo, ou mais tarde.

Algumas dicas práticas pra entender mais sobre os produtos das gôndolas, além da sedução provocada pelas embalagens coloridas e bem posicionadas a altura dos olhos.

  • Embalagem: Qual é a embalagem do produto?  É reciclável? Opte pelas que tem o selo de reciclável.
  • Refil: É possível optar por produtos que são vendidos em refil econômico, que usam menos material em sua composição? Opte pelos produtos com refil econômico.
  • Tamanho: É possível comprar tamanho maior para comprar mais produto e menos embalagem? Não à toa são os mais baratos. Embalagens individuais, além de mais caras, geram mais descarte pela mesma quantidade de produto consumida, entenda que o seu dinheiro é o plástico a mais que virará lixo Uma dica fácil: congelar/refrigerar em porções individuais pra consumo posterior.
  • Rótulos: De onde veio e como foi produzido? Existem selo de certificação que ajudam a qualificar o processo de produção. Observe a composição dos produtos. Será que o hambúrguer é feito de carne ou 4% de carne? Uma dica é o app Desrotulando, que nos ajuda a conhecer melhor o que realmente estamos consumindo.

Em tempos de pandemia, que entendemos na prática que a saúde é o nosso ativo mais importante, despertar para outros cuidados é um possível, e cientificamente provado, caminho da salvação, para nós e para todos.

Nossa Agenda é a Agenda Carioca pelos objetivos da Agenda Global 2030.

Foto: Erol Amed / Unsplash
Fotomontagem: @nucleoi

Claudia Girotti

Claudia Girotti é movida pela curiosidade, apaixonada pelo novo e a favor do ritmo da ação sustentável. É diretora de Marketing e Comunicação na Núcleo-i e busca sempre imprimir um olhar inovador sobre a vida. Para entrar em contato, mande um oi para [email protected].

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