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Shopping Leblon inaugura Galeria Leblon NFT com exposição de Beto Gatti
Por Alessandra Carneiro | Publicado em 27 de junho de 2022
Você pode estar ainda meio confuso sobre o valor das artes digitais e nem saber muito bem o que é um NFT, mas sem dúvida nenhuma já cruzou com o termo por aí. A sigla para non-fungible token, ou símbolo não-fungível em português, trata-se de um token que atesta o direito de posse de determinada peça. Suas aplicações são infinitas, mas os NFTs revolucionaram mesmo o ramo das artes digitais, e podem facilitar a negociação de artistas independentes a obras de artes com cifras milionárias. Um exemplo é a obra Merge, do artista Pak, que, no fim de 2021, bateu vários recordes financeiros ao ser vendida por US$ 91,8 milhões (em torno de R$ 500 milhões) após ser fracionada e comprada por diferentes pessoas.
De olho nessa revolução de três letras, o Shopping Leblon, sempre antenado com o que há de mais moderno no mundo da arte, inaugura nesta quarta-feira (29) a Galeria Leblon NFT, um espaço digital imersivo e sensorial, com exposições e palestras do mundo de criptoarte, nova forma de comercializar e apresentar as peças.
O fotógrafo e diretor de arte Beto Gatti, que hoje é um dos principais nomes do cenário brasileiro a fazer uso das NFTs, é o primeiro artista a estrelar o espaço por meio da série “A Origem” com 14 obras digitais e quatro esculturas em bronze, entre elas, “Human Rigths” e “Saudades”. A exibição tem como conceito principal a reflexão sobre as relações atuais entre o mundo virtual e o mundo real e fica exposta entre os dias 29 de junho e 27 de julho. Gatti é representado pela Metaverse Agency, primeira agência e galeria de arte brasileira focada no segmento de arte digital.
“A Origem” faz um estudo sobre o quanto é importante estarmos conectados ao mundo virtual e, ao mesmo tempo, sobre o quanto nos prejudica. Os destaques da exposição são as obras “Saudade” e “Realidade Virtual”, ambas trazendo esse conceito, um pouco turvo nos dias de hoje, sobre até onde a tecnologia pode nos levar. “Eu me pergunto em qual dos dois mundos vive o avatar agora. Mal percebemos a compulsão que nos guia, nos controla e nos faz destravar incessantemente o celular. Não é uma crítica. Não é um alerta. É uma constatação. Trilhamos um caminho tão paradoxal quanto sem volta: é no mundo virtual que a vida real moderna acontece. E não há volta, porque o mundo virtual é muito mais interessante. É prático. É rápido. É viciante”, conclui Beto Gatti.
