Além dos efeitos epidemiológicos da pandemia e adaptação de novos hábitos, as mazelas sociais também foram descortinadas durante o período de quarentena. Se de um lado há quem possa usufruir do privilégio do EAD, do outro, de acordo com uma pesquisa realizada pela Unicef, uma parcela de 17% por cento da população entre 7 e 17 anos não entra nas estatísticas de acesso à educação. Sob esse cenário, o projeto Caravana da Leitura e do Autor Fluminense chega com iniciativas democráticas em favor da literatura e educação. 

O projeto, que começa no dia 4 de setembro com uma live de apresentação da programação de atividades, vai promover encontros com escritores do segmento infanto-juvenil, entre eles Lucia Fidalgo, Bia Bedran, Júlio Emílio Braz e Augusto Pessôa, oficinas lúdicas e exercícios relacionados à leitura no YouTube, Facebook e Instagram - além de sites das prefeituras dos municípios, plataforma do Projeto Escolas Criativas, plataformas Enel e site do projeto.

Pela plataforma do Google Meet, será oferecido também um currículo de formação aos professores voluntários, que terão acesso às aulas pré-gravadas e ao vivo, podcasts e oficinas de ilustração e narrativa teatralizada para complementar ainda mais o conteúdo a ser ensinado de forma remota aos estudantes da escola pública. Para garantir que todo participante, mesmo os sem carentes da tecnologia digital, tenha acesso pleno ao material produzido, todo o conteúdo será enviado através do Whatsapp e às escolas escolhidas em formato impresso.

A iniciativa será realizada durante dois meses e vai contemplar 10 escolas municipais das cidades de Angra dos Reis, Duque de Caxias, Maricá, Niterói e São Gonçalo. Além das 4 mil crianças que devem ser beneficiadas com o projeto, as bibliotecas de instituições parceiras receberão o apoio com doações de mais de mil livros. A inscrição dos professores interessados deve ser feita pelo site oficial do projeto.