Mata Atlântica, mar verde-esmeralda, trilhas e cachoeiras. Paraty oferece, sim, uma infinidade de encantos naturais. Mas é muito mais. A cidade tem um charme único, e uma riqueza cultural e histórica tão grande que é possível você passear por lá sem ver o mar e ainda assim sair apaixonado. O Centro Histórico, considerado Patrimônio Nacional pelo IPHAN, é a sua principal assinatura. Caminhar pelas ruas de pedras irregulares é como voltar no tempo. Suas construções coloniais preservadas, com fachadas coloridas e janelas de madeira que remetem ao Brasil colonial formam a identidade de cidade. Juntam-se a isso os inúmeros eventos culturais que acontecem por lá, como a Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), o Festival da Cachaça, o Festival de Jazz & Blues e a Festa do Divino.

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Aliás, foi durante a Festa do Divino, que acontece sempre em meados de maio, que estivemos em Paraty pela última vez. Durante 10 dias, a cidade ganha bandeirinhas vermelhas e uma programação religiosa e cultural intensa, que acontece principalmente no entorno da Igreja da Matriz, no Centro Histórico. Além de missas, orações e procissões, a festa agrega diversas barraquinhas de comes e bebes e shows.

Espalhados pelo Centro Histórico também estão os principais restaurantes e hospedagens da cidade. A culinária de Paraty, aliás, é um atrativo à parte, com uma deliciosa mistura de sabores caiçaras, com pratos à base de frutos do mar frescos e ingredientes locais e de origem indígena. Entre os restaurantes
recomendados, estão o Banana da Terra, o Café Paraty, o Gastromar, a charcutaria Casa das Meninas, a Casa Paratiana e o Recanto Caiçara, esse último acessado por barco em uma ilha que ainda conta com uma vista de tirar o fôlego.

Para os apreciadores de bebidas artesanais, a cidade é conhecida pela produção de cachaças de alta qualidade, que podem ser degustadas em visitas guiadas pelas destilarias. Entre elas, a Cachaça Maria Izabel, a Paratiana e a Cachaça Coqueiro são algumas das mais famosas.

Apesar da natureza exuberante da Costa Verde, vale lembrar que Paraty não tem praia. Ou melhor, não tem praia acessada a pé pela cidade. Porém, é cercada de ilhas paradisíacas e fazer um passeio de barco para explorá-las com certeza vão elevar a sua viagem a um outro nível. Dois dos mais recomendados e já avaliados pela Agenda Carioca são a Escuna Netuno, com saídas a partir da Paraty Tours; e o barco Sem Pressa, do Gastromar, para quem busca um passeio mais sofisticado aliado à alta gastronomia. Entre os locais mais explorados pelos roteiros de barco são o Saco do Mamanguá, Praia da Lula, Praia Vermelha, Praia da Conceição, Ilha Comprida, Lagoa Azul e Ilha do Algodão.

Além das praias, Paraty também guarda lindas cachoeiras, como a Cachoeira do Tobogã, que conta com um escorrega natural; e a Cachoeira da Pedra Branca.

As principais hospedagens, para todos os tipos de bolso — desde pousadas de luxo a albergues —, estão concentradas principalmente no Centro Histórico e situadas em casarões coloniais restaurados. Em nossa última visita ficamos no Sandi Hotel, antiga Pousada do Sandi, que conta com dois restaurantes exclusivos, uma gelateria (Miracolo), duas piscinas (uma delas aquecida) e quartos confortáveis de decoração charmosa e rústica com diferentes composições. Nossa estadia foi na Suíte Piscina, perfeita para família, com dois quartos separados (um com cama de casal e o outro com duas camas de solteiro) e um amplo banheiro.

Também já nos hospedamos na Pousada Porto Imperial, com 43 quartos divididos em quatro categorias, com um detalhe que chama atenção: cada uma das unidades foi batizada com o nome de uma celebridade feminina da cultura brasileira, como Elis Regina, Carmem Miranda, Iracema, Leila Diniz, D. Benta, entre outras dezenas.  A pousada tem uma agradável área externa, piscina, jacuzzi, sauna e café da manhã colonial.

Paraty está localizada bem no meio do Rio e de São Paulo, a cerca de 250 km de cada capital. A cidade também conta com serviços de ônibus regulares que se conectam a outras cidades importantes da região.