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Para beber e para usar: bares que fazem seus clientes vestirem a camisa (literalmente!)

Por Alessandra Carneiro | Publicado em 10 de abril de 2024

Levar a marca de um bar ou de um restaurante estampada no peito não é novidade. Usar camisetas de casas internacionais como Hard Rock Café ou Planet Hollywood já foi status e valia mais que o carimbo no passaporte. Camisetas de ícones como o CBGB, clube nova-iorquino considerado um dos berços do punk, atravessou gerações. E até lugares fictícios de filmes e séries ganharam suas estampas. Que fã de Friends não usaria uma camiseta do Central Perk? E os entusiastas de Breaking Bad, que desfilavam com orgulho a logo do Pollos Hermanos, lanchonete de gosto duvidoso usada para lavar dinheiro na premiada série?

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Mas se antes o armário só era preenchido com marcas gringas, hoje já é comum enaltecer o seu bar preferido, aquele do lado da sua casa ou o que está sempre de portas abertas para a saideira. Um ícone da boemia carioca, o Galeto Sat's ganhou uma linha de camisetas em parceria com a Dimona. A cultura de boteco carioca marca o lançamento do selo Tramma, que tem o projeto de fazer parcerias com estabelecimentos de todo o país, sempre buscando lugares com cultura e histórias para contar. Por aqui, as camisetas do Sat's têm dizeres divertidos que enaltecem a vocação do bar para as saideiras, como "todo dia. Das 11h30 às 5h"; ou "Sempre acaba aqui".

“Entendemos que, para a cultura do Rio de Janeiro, é fundamental que lugares tradicionais sejam lembrados e reverenciados, uma vez que são tão importantes não só para o desenvolvimento da economia, mas também da cultura da cidade. Esse tipo de ação reforça uma lembrança antiga dos tempos que as pessoas tinham seus botecos de coração", diz Raoni Rabello, proprietário do Sat’s. As camisetas custam R$ 120 no site da Dimona ou diretamente no bar.

Outro clássico que aposta no merchandising cool é o Jobi, que conta com uma linha completa com camiseta, copo, avental, chinelo, chaveiro e até roupinha de bebê. O sucesso da marca é tanta que o Jobi abriu até uma loja em seu site. Outro ícone do Leblon, o Bracarense, fechou parceria com a Limits para estampar suas camisetas.

E não precisa ser um clássico, não. Novos bares da cidade também entraram na onda, O Suru Bar lançou uma linha de bonés em três cores (R$ 65, cada), inclusive uma em verde e rosa, remetendo à escola de samba Mangueira, que inspirou a identidade visual do boteco da Lapa. Ali pertinho fica o Beco do Rato, casa de samba que completa 20 anos de vida, e que abriga uma linha que remete a escolas de samba e a times de futebol. À venda também pelo site.

Os Imortais lançou ano passado uma linha de bonés (R$ 80, cada), assim como o Mané (R$ 70), que aposta também em outros itens como copos e cerveja própria para um kit completo. Entre as novidades, o Labuta aposta em camisetas (R$ 120); o Botica tem bolsa (R$ 27) e boné (R$ 37); e o Baródromo tem camiseta (R$ 50). A cervejaria Hocus Pocus DNA, em Botafogo, apostou no design psicodélico dos rótulos para estampar camisetas (R$ 90) e bonés (R$ 80); e a Mercearia da Praça vende boné em seu empório (R$ 59,90).

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