Comer & Beber, Destaque, Viagem

Pensando em viajar para Salta? Sommelière da Woods Wine dá dicas

Por Agenda Carioca | Publicado em 13 de junho de 2023

Sommelière da Woods Wine e responsável pelo braço de enoturismo da marca, Lolô Riccobene acaba de retornar de uma viagem de pesquisa em Salta, na Argentina. A cidade, berço da uva Torrontés, vem despontando como uma das mais incríveis para viagem de enoturismo com muita natureza, cultura, degustação em vinícolas e estadias em Relais & Chateaux de tirar o fôlego. Confira algumas dicas para quem está pensando em viajar para a região:

1 - A mais de 2.000 metros acima do nível do mar, com imponentes montanhas e cânions, Salta entrou para a rota de vinhos e vem atraindo cada vez mais visitantes. O que você acha que despertou esse interesse nas pessoas?

A região de Salta, além de ser conhecida por suas lindas paisagens e turismo de aventura por anos, é curiosa, pois se não fossem as altitudes extremas da região, que iniciam em pelo menos 1530 metros, não haveria condição climática para produção de vinhos finos. A uva branca Torrontés é a grande estrela da região e importamos grandes exemplares dessa uva para o Brasil. Experimente!

LEIA TAMBÉM:
- Casa Marambaia: experiência única em refúgio na Região Serrana do RJ

Policromías, Quebrada de las Conchas, Salta, Argentina (Wikimedia Commons)

2 - Diferente de Mendoza, que é o berço da uva Malbec, Salta é conhecida por ser o lar da Torrontés. Quais as características dos seus vinhos?

LOLÔ: A zona de produção de vinhos inicia em 1530 metros e vai a quase 3300 metros de altitude. Essa grande vantagem na região consegue produzir vinhos com amadurecimento mais lento, preservando assim acidez e aromas, o que torna os vinhos bem frescos e com alta drinkability, tanto nos brancos, quanto nos tintos.

3 - O que não pode faltar no roteiro para quem busca uma viagem de enoturismo para a região?

O que não pode faltar no roteiro de enoturismo em Salta são as vinícolas de Cafayate, de vinhos de altitude, tanto as maiores como El Esteco e Piatelli, como as bodegas familiares como a El Porvenir e Finca las Nubes. E para quem quer entender melhor como surgiu a viticultura da região, vale a pena conhecer o Museo de la Vid y El Vino.

El Cabildo de Salta, atual Museo Histórico del Norte (Flickr)

4 - Salta pode se tornar uma nova Mendoza?

Creio que não! Mendoza corresponde a quase 95% da produção de vinhos argentina, e Salta corresponde a quase 4% dessa produção, ou seja, seu volume é extremamente menor. O ponto alto de Salta e uma grande curiosidade para o enófilo é poder provar vinhos de um local que sem grandes altitudes, não poderia jamais produzir vinhos com o frescor e acidez que existem lá.

veja também

by mg studio